terça-feira, 20 de outubro de 2009

COLOCADO PRA FORA
O vereador Willhes G. da Silva (PV) fez com que a reunião do Prefeito e Secretários com a Guarda Municipal se atrasasse cerca de 1 hora. O motivo? Ele não foi convidado e se quisesse participar teria que ter enviado um ofício a Secretaria de Governo antecipadamente para que tivesse o direito de estar lá, ao obter essa resposta do Secretário de Governo Gilmar Mazzeto, o vereador lhe disse: “a diferença é que eu fui eleito pelo povo e o senhor é cargo de confiança”.
Em uma administração que disse prezar pela transparência, muitas coisas não estão tão transparentes assim.
O interessante é que essa informação nos chegou não pela boca do vereador (que depois nos confirmou o fato), mas sim por funcionários dessa administração. E há essas horas já estão espalhadas pelos quatro cantos da cidade.


AMIGOS ATÉ QUE A POLÍTICA NOS SEPARE
Nos bastidores políticos o que mais se fala é que esse vereador é inimigo daquele, que aquele Secretário não gosta de tal vereador, que aquele órgão de imprensa protege esse ou aquele secretário, vereador ou até mesmo o prefeito.
O mais engraçado é que tudo parece verdade, todos se dizem inimigos e plantam notinhas na mídia para “dedurar” uns aos outros. Aí quando chega o final de semana, estão todos juntos tomando uma cervejinha, passeando a cavalo em meios a sorrisos.
Como a política nos engana. Onde estão os nossos líderes éticos e morais, que querem fazer um governo para o povo, que desejam o bem estar dos outros? Não adianta tentarem nos enganar indo as igrejas, carregar criancinhas no colo, beijar e cumprimentar os idosos.
Um dia a casa cai. Mas o melhor de tudo é que temos a certeza que o privilégio do sono dos justos é de poucos.

NOVO CANDIDATO?
Está circulando nos bastidores que dois membros do Executivo, estão fazendo negociações com um empresário jovem de uma cidade vizinha, para que o mesmo saia como candidato a Deputado. Dizem que o interesse é tirar a maior parte dos votos do candidato do PV Ângelo Nucci. As informações é que como Ângelo estaria se antecipando também e iniciando sua campanha mais cedo, o mesmo pode conseguir novos aliados, já que muitos estão descontentes com a atual administração e desta vez a oposição pode ser bem maior do que se espera. Desta forma, talvez acreditem que o novo faça a diferença.
O povo já não é mais tão ingênuo ao ponto de se deixar levar só por uma carinha bonita e por propostas que não sejam o bem estar social das pessoas: casa, comida, trabalho, saúde e lazer.

NOVAS LIDERANÇAS
É com muita alegria que podemos anunciar que uma nova liderança está nascendo em Salto. Um movimento que iniciou com alguns anseios de construir uma sociedade mais justa e humanitária. A percepção de que em Salto não temos lideranças políticas femininas motivou o grupo a encontrar uma alternativa para despertar o interesse da mulher pela participação ativa na política local, em conhecer como funcionam as políticas públicas e os direitos das mulheres mães, trabalhadoras, profissionais, muitas vezes esquecidos, da discriminação nas delegacias quando as mesmas são agredidas por seus companheiros ou até mesmo em seus lugares de trabalho. A deixar que sejamos subjugadas pelo sexo masculinos achando que somos frágeis e ao sinal de qualquer ameaça podemos recuar. Não queremos um grupo que separe os sexos, mas que mostre que mulheres e homens têm que caminhar juntos, assim como qualquer pessoa independente de raça, credo ou partido político.
Os comentários já estão saindo das quatro paredes e dentro em breve você mulher que deseja ser um diferencial em sua comunidade, na nossa Salto, poderá se juntar a nós e trazer a líder mulher, humana e cheia de sensibilidade às necessidades dos que realmente precisam da nossa ajuda. Aguardem...
“NEGRINHOS DE CHINELO”
Se tivéssemos um grupo forte de Afro-descendentes em Salto com certeza alguém iria levar um processo ao ouvir essas palavras que chocaram os presentes na última sessão da Câmara, nessa terça-feira. O vereador Milton no momento de seu pronunciamento na tribuna disse que as pessoas humildes não estão tendo acesso ao novo Teatro (CEC), pois os ingressos são caros e quase não há peças gratuitas, os espetáculos que vem de fora custam em média R$ 40 reais e não é acessível aos mais pobres. Milton disse que no dia da inauguração o prefeito Geraldo Garcia ao ser questionado por outro vereador se os pobres também teriam acesso ao teatro, Geraldo respondeu que “negrinhos de chinelo freqüentariam o teatro”. No mínimo foi uma forma grosseira a resposta dada ao vereador, que na tribuna não foi revelada sua identidade. Ao entrarmos em contato com o vereador Milton ele nos informou que o colega que fez a pergunta foi o vereador Luiz Carlos Batista e que este não teria o menor problema em assumir que isso foi dito a ele.
Parece que muita gente na administração anda meio nervoso.
Também com tantas denúncias e manchetes negativas nos jornais, não poderíamos esperar outra coisa.
Como diz o velho ditado: Quem tem... tem medo!
DE OLHO NA CÂMARA

SEGREDO DE JUSTIÇA
Não é mais segredo que tramita na Promotoria local um inquérito de investigação sobre a falta de licitação na contratação de transporte urbano, firmado entre a prefeitura municipal e a empresa Auto Ônibus Nardelli.
Apesar de ser uma empresa que presta serviço público e pago com o dinheiro de todos os cidadãos saltenses, a justiça local a pedido de uma das partes declarou Segredo de Justiça e nem o denunciante está podendo ter acesso ao processo.
Parece que tem muita informação chegando às mãos da imprensa e de cidadãos cansados de pagar por situações que não são transparentes.

ACORDOS
O vereador Milton Oliveira Silva atacou veementemente o prefeito Geraldo Garcia. Quando foi procurar o prefeito na última semana juntamente com o Dr. Marcílio e não os atendeu, alegando que o prefeito estava bravo e estressado. “Se ele não atende o vereador, quem ele vai atender? O prefeito chega 7:30h da manhã, sabemos que a prefeitura abre às 8h, ele chega mais cedo para se esconder do povo”... Nesse momento ele não precisa do povo, mas o ano que vem vai estar tomando café no pinico na casa dos mais humildes porque ele precisa de votos para os deputados que ele está apoiando”.
Parece que o vereador está bastante descontente com o executivo.

CRITÍCAS A IMPRENSA
O vereador Milton não deixou passar as críticas que recebeu de um jornal local no qual são publicados os atos oficiais do município: “eu vou votar sempre em benefício do povo... eu não recebo 500 mil reais por ano, por isso que eles estão defendendo, porque a prefeitura derrama uma enxurrada de dinheiro neste jornal”.
Os ânimos têm esquentado novamente nas últimas sessões, além de Milton outros vereadores tem demonstrado seus descontentamentos com a falta de investimentos em questões sociais e segurança.

EM DEFESA DO EXECUTIVO
O presidente da Câmara Lafaiete Pinheiro dos Santos, ao ser criticado pelo vereado Milton que disse que só o presidente era respeitado pelo executivo porque era amigo dele. Lafaiete enfaticamente afirmou: “eu sou amigo deles mesmo, sou amigo do prefeito e do Gilmar e sempre que precisar defender eles eu vou defender” e criticou a fala do vereador Milton dizendo que com relação ao jornal que publica os atos oficiais, que houve sim uma licitação e que os demais jornais também foram convidados a participar.
Já que o presidente Lafaiete Pinheiro dos Santos não tem real conhecimento dos fatos, vamos esclarecer: em abril de 2009, após 5 anos de renovação de contrato com esse jornal, sem licitação, foi renovado mais uma vez indo para o sexto ano consecutivo e a informação que nos foi dada pela assessoria de imprensa da cidade é que iria ser renovado automaticamente até 2012.
Lembrando que a Lei de Licitações permite até 60 meses (5 anos de renovação, sem licitação) desde que preencha alguns requisitos. E isso também tem que ser revisto.
IMORAL
O vereador Willhes G. Silva (PV) flagrou caminhões das empresas Corpus e Estrutural jogando entulho em um terreno particular no jardim União. Entramos em contato com as empresas e só obtivemos resposta da empresa Corpus que disse que a ordem para jogar o entulho naquele local veio da prefeitura. Ao checarmos algumas informações da empresa Estrutural descobimos que a construtora que já venceu inúmeros processos de licitação editados pela prefeitura municipal de Salto durante os cinco anos do atual governo, a Estrutural tem uma ligação ainda maior com os membros do Executivo local.
Para a campanha eleitoral de 2008 do prefeito Geraldo Garcia, a empresa foi responsável por 31% dos R$ 335 mil gastos na campanha política do ano passado.
De acordo com os números do Tribunal Regional Eleitoral (TER), a Estrutural doou R$ 105 mil para a campanha do grupo liderado pelo prefeito.
A Lei Eleitoral nº 9.504 – 97 no artigo 24 diz que é vedado a partido ou a candidato receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie precedente de: parágrafo III - concessionário ou permissionário de serviço público.
Pode até ser que já tenha prescrevido o prazo para denúncias, mas segundo o vereador a informação vinda do Promotor de Justiça que foi consultado, tudo depende da denúncia e do julgamento do juiz.
Para nós cidadão comum fica o questionamento: por que uma empresa de outra cidade doaria 105 mil para uma campanha a Prefeito?
Pensemos...

Essa semana foram cassados e declarados inelegíveis por três anos um suplente e 13 vereadores de São Paulo.

Confira a matéria:
SÃO PAULO - O juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloisio Sérgio Rezende Silveira, cassou e declarou inelegíveis por três anos um suplente e 13 vereadores de São Paulo, por captação ilícita de recursos. A Câmara tem 55 vereadores.
Em todos os casos, o juiz entendeu que os vereadores receberam doações da Associação Imobiliária Brasileira (AIB) acima do limite previsto pela legislação eleitoral. A entidade que diz representar os interesses do setor imobiliário ganhou notoriedade no último pleito por figurar entre os maiores financiadoras de campanha - foram R$ 2,94 milhões apenas a 26 candidatos vitoriosos da capital.
Investigação
Uma investigação do Ministério Público Estadual (MPE), contudo, apontou que a AIB seria um braço do Secovi (sindicato das imobiliárias e administradoras). A decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) saiu no dia 14 mas só foi publicada hoje no 'Diário Oficial do Estado de São Paulo'.
Em 2008, somando as doações aos candidatos derrotados e àqueles que concorreram em outras cidades - 44 políticos no total -, A AIB doou um montante que chega a R$ 4,43 milhões. Como a Lei Eleitoral (9.504/97) limita a doação das entidades a 2% de sua receita no ano anterior, a AIB teria de ter arrecadado no mínimo R$ 325 milhões em 2007, se for levado em consideração os valores doados em 2008. Segundo o MPE, a entidade não mostrou ter essa capacidade financeira. A entidade não tem funcionários registrados e a sede, na avenida Brigadeiro Luís Antonio, é um escritório fechado, sem expediente de trabalho. Dois anos antes, em 2006, a AIB já havia caído na malha fina da Receita Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por doações irregulares.
CassadosDe acordo com a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral, foram cassados os vereadores Adilson Amadeu (PTB), Adolfo Quintas Neto (PSDB), Carlos Alberto Apolinário (DEM), Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB), Cláudio Roberto Barbosa de Souza (PSDB), Dalton Silvano do Amaral (PSDB), Domingos Odone Dissei (DEM), Gilson Almeida Barreto (PSDB), Marta Freire da Costa (DEM), Paulo Sérgio Abou Anni (PV), Ricardo Teixeira (PSDB), Ushitaro Kamia (DEM) e Wadih Mutran (PP).
Foram absolvidos: Antonio Goulart (PMDB), Noemi Nonato (DEM), Floriano Pesaro (PSDB) e Toninho Paiva (PR).
As representações foram propostas pelo Ministério Público Eleitoral, que pediu a revisão da prestação de contas desses vereadores. Cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

De quem é a culpa?
Engraçado como tudo que acontece acaba sendo culpa da Imprensa. Os políticos, esses, são verdadeiros coitados, não tem culpa, são honestos, lícitos. Quem atrapalha tudo é a democracia que proporciona a imprensa poder para comunicar tudo àquilo que bem deseja, sem que da boca dos políticos tenha saído uma vírgula sequer... É imprensa, a culpa é sua!
Por falar em democracia, por mais que os políticos digam ser favoráveis, no recôndito de seus gabinetes a condenam. A democracia é um estorvo na vida dos políticos. Porque em seu encalço vem algo chamado imprensa, mídia.
Na quinta-feira o colunista Arnaldo Jabor, em seu comentário no Jornal da Globo dizia o seguinte: "A informação atrapalha a devassidão do poder, ninguém pode mais roubar em paz, nem perseguir dissidentes em paz".
No cenário da política nacional isso é uma constante. Políticos que falam demais, depois de lançar a caca no ventilador acabam sempre usando a imprensa como inimiga. A imprensa disse isso, a imprensa disse aquilo, a imprensa destruiu a imagem de tal pessoa. A imprensa, sempre a imprensa.
Na Argentina, por exemplo, a presidente Cristina Kirchner vem criando uma série de sansões para a imprensa, impedindo que o grupo Clarín divulgue irregularidades de seu governo. Não podemos esquecer da barbárie cometida por Hugo Chávez que tirou a concessão de uma emissora de TV, que ia contra seus princípios (?). Censura! Em pleno século XXI.
Fatos comuns do cenário mundial, também são realidade aos órgãos de imprensa local. Engana-se quem não acredita nisso. Para nós, jornais do interior as coerções são piores, afinal, diariamente cruzamos nas ruas com o prefeito, secretários, vereadores e outras fontes.
Recentemente manchetamos: "Prefeito Geraldo Garcia pode ser cassado", bastou isso para nosso jornal receber todas as críticas. Inclusive até uma carta do prefeito, para que apontássemos a informação precisa do procedimento (judicial, policial ou administrativo) que ele estaria sendo investigado, para que pudesse apresentar sua defesa. Mas em nenhum momento o acusamos, e detalhe a palavra pode, indica que o fato pode não acontecer. Se isso irá acontecer, não cabe a imprensa julgar, e sim ao Ministério Público, que vem averiguando possíveis irregularidades no contrato de concessão do transporte público.
Não estamos aqui para julgar ou condenar ninguém, não queremos o papel de Pôncio Pilatos que estão nos dando. Nosso compromisso é com a verdade. Ressaltamos que acompanharemos o processo. E da mesma forma que publicamos uma declaração do vereador que disse que alguns fatos que ocorrem em Salto podem levar a cassação, iremos publicar a decisão do Ministério Público. Torcemos para que o CPF do prefeito continue limpo como sempre foi. E a imprensa cumprindo seu papel como deve ser.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

“Fazer o que é fácil ou o que é correto”

O título acima é uma frase utilizada pelo vereador Otávio Milhares (PDT) logo no começo da atual legislatura e que se tornou bordão do vereador Willhes Silva (PV). No decorrer do editorial dessa semana o leitor entenderá o porquê de seu uso.
O cenário político em Salto, nos últimos meses, tem se mostrado bastante irrequieto devido às eleições de 2010 e já com uma perspectiva para as de 2012, quando definiremos um novo gestor municipal, já que o prefeito Geraldo Garcia não poderá concorrer a uma reeleição, a não ser que a lei eleitoral mude. Vemos articulações entre partidos e grupos políticos da cidade e da região se movimentando para garantir mais quatro anos de poder.
Esse esquentar no caldeirão é mais perceptível nas sessões da Câmara de Vereadores, local em quem um grupo bastante heterogêneo de edis expõe suas idéias e lamentações semanalmente.
Nos últimos meses percebemos que alguns discursos não condizem com a função do vereador, a de fiscalizar as ações do Executivo. Tanto é real o que abordamos aqui, que no mês passado a promotora de Justiça, Dra. Drª Ana Alice Mascarenhas Marques enviou dois ofícios solicitando que o Legislativo cumpra seu papel em casos que estão tramitando no Ministério Público. Um deles seria a falta de estrutura e adequação de espaços públicos para a acessibilidade de portadores de deficiência e o outro no transporte de pacientes a outras cidades da região.
Essa semana o vereador Willhes Gomes da Silva apresentou um oficio com 17 itens para que os vereadores acordem e comecem realmente a fiscalizar os contratos de concessões, as questões ambientais, as questões de obras e suplementações de caixa da Prefeitura, entre tantos outros assuntos de responsabilidade do vereador.
O vereador Divaldo Garotinho disse que Willhes queria que os demais comprassem seu luta, mas cada vereador tem sua causa própria. Cabe nos perguntarmos se as causas comuns, inerentes ao bem estar da população, são inferiores as causas próprias dos vereadores? Será que as informações publicadas pela imprensa local sobre prorrogações de contratos sem a necessidade de se abrir novas licitações, ou o gasto de mais R$ 1 milhão com órgão de imprensa local, entre publicidade e atos oficiais, não merecem a atenção dos vereadores, mesmo que esses sejam da situação.
Questões como a troca de terrenos entre uma empresa privada e o poder público é correto, é legal? O que diz as leis sobre isso?
Mesmo que houvesse um retorno por parte da empresa para o asfaltamento de ruas e construção de posto de saúde, esse dinheiro viria de uma verba conseguida pela deputada Aline Correa. Ou seja, dinheiro público, em miúdos, dinheiro do nosso próprio bolso. Enquanto a empresa mesmo sairá dessa história com os lucros. Detemos-nos muito na aparência da capa do livro e não percebemos que a leitura da obra pode fazer com que enxerguemos que o conteúdo não é tão bom assim.
Está na hora de cobrarmos mais rigor na fiscalização de instrumentos de interesse comum da sociedade, melhor condições de saúde, creches, vagas nas escolas, programas sociais para reduzir o índice de criminalidade no município. Deixar de aceitar o fácil, o superficial e passarmos a fazer o correto.
Só assim, viveremos a democracia. Só assim, seremos respeitados como cidadãos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Falta de Liderança
Atualmente vivemos um período onde a ausência de liderança, principalmente política, está diretamente ligada à instabilidade, a corrupção e o não funcionamento das instituições. Por toda a parte percebemos a escassez de líderes, ou então, a propagação de indivíduos (em posição de liderança) cujos valores são no mínimo questionáveis. Hoje, os nossos líderes são eleitos pelo carisma e não mais pelo compromisso firmado com a população.
Favoritismo e politicagem são problemas que resultam frequentemente da falta de uma postura adequada por parte dos que ocupam uma posição de chefia, que muitas vezes tiram do povo para si e agem sempre com vaidade, mas a falta de participação popular também tem sua parcela, nessa somatória.
Com isso, nos cabe perguntar: será que estamos elegendo conscientemente os nossos governantes? O povo elege seus governantes e tem o direito de que eles o sirvam e os representem. Se isto não acontece, nós eleitores temos o dever de tirá-los do poder, dentro da lei e da ética.
Temos que ter consciência de quem detém o poder tem medo de perdê-lo, e por isso nunca sairão de lá por vontade própria. Tal qual aconteceu com Fernando Collor. Mas para isso, é preciso agir, é preciso participar.
Foi a mobilização estudantil que conseguiu tirar Collor do poder em 1992. Sem essa cobrança por parte da sociedade, o afastamento do ex-presidente provavelmente não teria ocorrido. Precisamos despertar, em nossa sociedade e em nossa cidade, novos líderes e não podemos ficar a mercê da manipulação de grupos políticos.
Quem se preocupa em dar uma formação para seus filhos para serem pessoas melhores conscientes e responsáveis? A maioria das preocupações dos pais se resume ao futuro financeiro de seus filhos. Não se pensa no que os jovens querem ser, mas sim qual profissão pode trazer mais lucro, e é por isso que temos péssimos médicos, péssimos professores, péssimos advogados, juízes, porque eles não estão nessas funções porque acreditam na importância do seu trabalho, não estão preocupados em salvar vidas, não estão preocupados se o bandido estará livre, não exercem suas profissões com amor, mas sim pensando no valor da sua conta bancária.
Com isso, perdemos nossa identidade, perdemos a garra de lutar pelos nossos objetivos e pelos nossos ideais. O consumismo e o desejo de termos a aparência mais bela cega o ser humano que esqueceu que seu papel nessa vida é viver, ter saúde, aproveitar o que nos foi oferecido de graça, como o sol, o lazer, a família, a natureza, a vida.
É preciso que sejamos renovados e é preciso que novos ‘verdadeiros líderes’ apareçam e que o povo não cale somente dentro de si suas verdades, para mudar é preciso ação, atitude e união.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Verdade ou Mentira
O leitor deve se lembrar daquele jogo da escola que a professora lançava questões e tínhamos que dizer se era verdade ou mentira. Pois bem, essa semana algo muito semelhante acontece na Câmara de Vereadores de Salto.
Há aproximadamente quatro meses o vereador Willhes Silva (PV) enviou a Prefeitura requerimento questionando se a mesma tinha conhecimento de um aterro atrás da Cerâmica Guaraú e se o referido espaço era legal ou ilegal.
Esta semana, após tantas cobranças do edil, a secretária Marcia Mendes Villegas respondeu o documento. “O engenheiro da Secretaria de Desenvolvimento Urbano esteve no local, e informou que a área é de propriedade particular, inexistindo aterro sanitário”. Percebam que não foram esses os questionamentos feitos. Na visão de Willhes a resposta é um tanto quanto mentirosa. Ao afirmar que não existe aterro no local a Prefeitura vai contra todas as matérias publicadas e fotografias feitas. Questionamos é verdade ou mentira, o aterro existe ou não?
Ao classificar como mentirosa a resposta da Prefeitura, Willhes colocou em dúvida as demais respostas vindas do Executivo.
Na semana passada durante o episódio divulgado por este jornal, quando crianças gripadas estavam na Creche Ideal, procuramos o secretário Wilson Roberto Caveden para se posicionar sobre o assunto. Fomos informados pela assessoria de imprensa da Prefeitura que o mesmo não estava na cidade. Mas, ao ligarmos na Secretaria da Educação, tivemos a surpresa de encontrá-lo. Verdade ou mentira?
Outro fato curioso também relacionado à mesma Secretaria são os valores licitados para a construção do Centro de Educação e Cultura. Inicialmente, o prefeito Geraldo Garcia disse que as verbas sairiam da Secretaria da Educação, porém no final houve subsídios retirados de outras pastas para se concluir a obra.
Por falar em obras, a tão falada permuta de terrenos entre Executivo e a empresa Eucatex, depois de muito negada pela Prefeitura surgi gloriosa com quase todos os tramites legais acertados. Quanta rapidez! Seria este um projeto expresso, já que daqui a pouco os vereadores decidiram o melhor para os moradores do Jardim Marília. É verdade ou mentira que a prefeitura não sabia deste interesse da Eucatex pela área? Será que estamos viajando nos pensamentos?
Falando em viagem, até agora não sabemos o que o prefeito Geraldo Garcia juntamente com o prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira foram fazer na Finlândia. O motivo apresentado a imprensa seria estudos para a implantação de uma Usina de Lixo na região. Pasmem! Um mês antes da viagem o projeto de formação de um consórcio do lixo envolvendo o nome de Salto já estava sendo aprovado pelos vereadores de Indaiatuba. Diante de tal fato, entrevistamos o prefeito Geraldo para saber se ele conhecia o projeto, obtivemos negativas. Depois disso, ele disse que um advogado da prefeitura de Salto acompanhava e ajudava na elaboração dos termos do referido documento. Acreditar no que? Em quem? Estamos equivocados ou as coisas estão estranhas no cenário político. O que não queremos é que a cidade viva a síndrome do Pinóquio.
Vida com qualidade
Essa semana foi divulgado o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, referente aos dados de 2006, e a cidade de Salto caiu da 86ª para a 159ª posição no ranking nacional. O principal item que fez a cidade cair foi a Educação, que diminuiu 9,1% em relação ao ano de 2005, seguido de Saúde, com uma perda de 0,3%. O único item que cresceu no ano analisado foi Emprego e renda, com 1,4% a mais em 2006.
A queda do índice de Salto pode ser vista pela forma de avaliação que é aplicada na rede municipal de ensino. Atualmente para medir o conhecimento do aluno o professor da rede municipal não se apega às notas, ele se baseia em um relatório no qual diz se o aluno está apto ou não. Convenhamos que a progressão continuada tem sido de certa forma prejudicial na formação dos alunos. Ela nivela os estudantes, sem ao mínimo saber se eles têm o domínio ou não do conteúdo aplicado em sala de aula.
Como reflexo dessa precariedade no ensino, temos uma sociedade que se marginaliza, uma vez que a educação não cumpre seu papel. Os problemas socioeconômicos aos quais estão inseridos também se refletem no nosso sistema de saúde.
O péssimo atendimento no Hospital Municipal e nos Postos de Saúde demonstra a falta de investimentos na área. Prova disso é que a Câmara dos Vereadores de Salto precisou formar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar as irregularidades no atendimento do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) em nossa cidade.
Nessa semana, os vereadores falaram da necessidade do Executivo investir nas questões sociais em Salto. A falta de projetos sociais contribui para a precariedade da perspectiva e qualidade de vida das pessoas que moram nas periferias, e não tem acesso a educação, cultura e saúde de qualidade.
Para se ter uma idéia da dimensão que essa defasagem representa para o município, citamos como exemplo a falta de uma estrutura que possa abrigar crianças e adolescentes entre 12 e 18 anos. Essas crianças são enviadas para outro município, pois aqui não há atendimento para elas. Sabemos que a Casa de Belém, que cuida de crianças de 0 a 12 anos, tem capacidade máxima de atendimento para 16 menores, o que para uma cidade como Salto, é um valor ínfimo, principalmente porque muitas vezes o Conselho Tutelar é obrigado a separá-las de suas famílias, devido à violência a que são submetidas.
A cidade ainda não conta com um albergue e nem um centro de triagem munido de assistente social, psicólogas e profissionais capacitados que possam orientar famílias que convivem com os problemas da droga e do álcool.
Todos esses fatores aliados à falta de emprego, já que o crescimento nesse setor em Salto foi menor do que a média estadual, demonstra a necessidade de investimentos para que a qualidade de vida volte a patamares no mínimo mais dignos de sobrevivência.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009


A ESTRELA PERDEU SEU BRILHO
Essa semana a revista Veja publicou uma entrevista com Carlos Augusto Montenegro, um dos mais experientes analistas do cenário político nacional e presidente do Ibope. Montenegro afirma que “Lula não fará seu sucessor” e que o PT essa semana deu um passo a mais para seu fim. “O PT passou 20 anos dizendo que era sério, que era ético, que trabalhava pelo Brasil de uma maneira diferente dos outros partidos. O mensalão minou todo o apelo que o PT havia acumulado em sua história”, palavras de Montenegro.
Com a saída de importantes deputados e senadores do PT a situação agrava ainda mais. Essa semana o Senador Flávio Arns disse que “o PT jogou a ética no lixo e vai ter que achar outro caminho... vou pedir à justiça que concorde com meu argumento de que houve quebra de ideário partidário”
Lembrando que tudo isso, nós, povo saltense, também estamos vivenciando de perto. Um dos cassados do mensalão foi Pedro Correa, o pai de Aline Correa que também esteve envolvida em vários escândalos, que hoje busca votos em Salto para se reeleger Deputada Federal e que é aliada de Paulo Maluf, que quer mais um pedaço de terra dos moradores do jardim Marília, bem aqui em nossa cidade.
Juvenil Cirelli, o nosso vice prefeito, precisará de uma aliança muito forte pra ganhar as próximas eleições. Se depender da força do partido vai ser bem difícil.


Salto cai para 159º lugar em qualidade de vida

A cidade de Salto caiu para a 159º colocação em qualidade de vida, segundo pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Este é o segundo ano consecutivo que a pesquisa é feita. Os dados analisados são referentes ao ano de 2006. Na pesquisa anterior, com dados de 2005, o município tinha ficado em 86º lugar no país. A cidade de Salto teve um índice de 0,8199, acima da média nacional que foi de 0,7376, porém ficou abaixo da média estadual (0,8637) e é a última colocada da região.
O objetivo do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) é medir o crescimento socioeconômico dos municípios brasileiros, através da avaliação de desempenho nas áreas de saúde, educação, emprego e renda. O IFDM divulgado neste ano leva em conta os dados consolidados referentes a 2006, fornecidos pelo Governo Federal. A defasagem de três anos entre o IFDM e sua divulgação decorre do fato de serem utilizadas apenas estatísticas oficiais, com base em dados do Ministério da Saúde, da Educação e do Trabalho.
No estudo, cada cidade recebe pontuação de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento do local. Em 2006, a média brasileira do IFDM atingiu 0,7376 pontos. Esta pontuação é superior à de 2005 (0,7129) indicando melhora das condições de desenvolvimento do país, representando alta de 3,47%.
Todos os anos o IFDM é divulgado, e a sociedade pode acompanhar a evolução do desenvolvimento. A comparação absoluta de cada município permite medir se as políticas públicas resultam em melhores condições socioeconômicas para a população.
A melhor cidade do país é São Caetano do Sul (SP), com índice de 0,9524, em segundo lugar está São José do Rio Preto (SP), com IFDM de 0,9182. Indaiatuba (SP) ocupa a terceira colocação em qualidade de vida, com 0,9177.
O IFDM supre a inexistência de um parâmetro para medir o desenvolvimento socioeconômico dos municípios e distingue-se por ter periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional.

ÍNDICE DE SALTO
O índice obtido por Salto em 2006 foi de 0,8199, uma queda de 3% em relação ao ano anterior, quando o município obteve o índice de 0,8449. Com o resultado, a cidade cai da 86ª para a 159ª colocação.
O desempenho geral de Salto caiu principalmente pelo desempenho na área da Educação. Enquanto em 2005 o Município obteve índice de 0,9156, no ano seguinte o desempenho caiu 9,1% e o índice passou para 0,8327. Em Educação são levadas em consideração as taxas de matrícula na educação infantil, de abandono, de distorção de série-idade, percentual de docentes com nível superior, média de horas aula diárias e resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Na área da Saúde, Salto também registrou queda, de 0,3%, passando de 0,8524 em 2005, para 0,8494 em 2006. Em Saúde, as análises são sobre o número de consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas e óbitos infantis por causas evitáveis. Para acompanhar a área da Saúde, adotaram-se indicadores de variáveis reconhecidamente de controle local de atenção básica, uma vez que não se pode exigir de todos os municípios brasileiros a construção de hospitais de ponta e em todas as especialidades médicas.
Na vertente Emprego e renda, Salto registrou crescimento de 1,4%, passando de 0,7665 em 2005 para 0,7776 em 2006, mas ainda assim está muito abaixo da média estadual, que foi de 0,8890. Em Emprego e renda são analisadas a movimentação e as características do mercado formal de trabalho, cujos dados são disponibilizados pelo Ministério do Trabalho.
Este indicador, como o nome sugere, é formado por duas dimensões: emprego formal (postos de trabalho gerados) e renda (salário médio mensal do trabalhador).
O Voz da Cidade tentou obter declarações do prefeito Geraldo Garcia a respeito da pesquisa, mas a única resposta foi que “a Prefeitura tomou conhecimento, está avaliando por meio de outros indicadores e oportunamente responderá”.

REGIÃO
A cidade de Indaiatuba é a melhor colocada da região. Ano passado, Indaiatuba estava em primeiro lugar no ranking nacional, e neste ano caiu para terceiro, com índice de 0,9177.
O índice de Sorocaba cresceu de 0,8895 para 0,8923 em 2006, mas no ranking a cidade manteve a 17ª colocação.
Campinas apresentou um índice de 0,8762 e subiu de 39ª para 31ª posição.
Itu também subiu no ranking, indo de 44ª para 36ª colocada em qualidade de vida, com um índice de desenvolvimento municipal de 0,8735.
A capital do estado também melhorou a sua posição no IFDM. São Paulo estava em 109º, com índice de 0,8357 em 2005, e subiu para 71º lugar, com índice 0,8568 em 2006.